domingo, 21 de junho de 2009

O Samba nosso de cada dia

Samba, midia e outros trens - devaneios Anildo Guedes

Senhores:

Comecei tentando fazer um texto para a roda de samba de sabado, dia 27. Acabei surtando e quando vi o texto já estava grande para uma simples divulgação no blog do Cimples Ocio - produções (http://cimplesocio-producoes.blogspot.com/) e escrevendo um pouco mais do que devia, terminou creio, como mais um dos inumeros textos meio ufanicos em defesa do samba e um desabafo pessoal. Mudei um pouco o começo do texto para não ficar sem pé nem cabeça e marcar o inicio do Cimples Ócio.

Mas, segue o ocorrido/escrito ai embaixo:

Desde dezembro 1998 ... O Cimples realiza ... uma roda de samba ... ambos com os mesmos objetivos ... Aliás, dificies de serem atingidos em Curitiba.

... o combinado é divulgar o SAMBA. músicas pouca conhecidas, porém de melodia e harmonia apurada; trazer ao conhecimento público as principais vertentes do samba, suas matrizes e personagens marcantes e ao mesmo tempo distantes ou simplesmente largados pelas midias diversas desde os anos 20 e 30.

Desde aqueles anos e ainda hoje somos pressionados e obrigados a ouvir o que alguns poucos determinam como produto de consumo. Como qualquer outro entretenimento do segmento musica, o samba padece igualmente - uma grande parte dos produtos são manipulados com apostas na deglutição rápida, melodicamente paupepérrimos e harmonicamente sem nenhum tempero. Sambistas, ou melhor, poetas ou cronistas do cotidiano às vezes sofrido, outros de alegria incontida, muito bem contados, são relegados e esquecidos. Historias com conteudo e exemplares são esquecidas, perdidas.
E mesmo com a internet e a difusão e facilidade para baixar bons discos, novos e antigos, estamos longe de conhecer o que foi feito pelos sambistas de verdade. Até porque um percentual enorme ainda não tem computador e não consegue baixar um Chico Santana, Alvaiade, Padeirinho ou Xango da Mangueira.
Pelo contato que tive com alguns sambistas de estirpe a minha opinião é de que o que foi para o radio e disco, alguns roubados, outros comprados, outros, nos dias de hoje barrados ou meramente guardados a mostra midiatica é irrisória e insonsa se pensarmos no samba como manifestação popular, como mostra da realidade social autentica e cultura marcante e prodigiosa. Ganharam os articulados mercadores de ontem e de hoje. Perdemos nós - povo de pouca pratica, negligentes e desaglutinados. Ate porque o samba como simbolo nacional foi imposto por alguns poucos no começo do século - a tal da elite intelectualizada - por necessidade do momento politico e cultural do Brasil. Estamos no jardim de infancia ainda, mas chegamos lá.
Anildo Guedes

Curitiba - Pr, 21/06/2009 - domingo 9 da noite

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Candeia - vida e obra


















































Dei uma juntada na pesquisa de alguns sitios sobre o Candeia. Tem disco discografia, feitos, amigos, etc. Destaque para o trabalho do Chico Aguiar, publicado na agenda samba-choro pelo Paulo Neves:
As fotos dos discos são da agenda samba-choro.
Os creditos estão no final dos textos.

Candeia - luz da inspiração - Joao Baptista Vargens em Curitiba

Lançamento no Cimples Ócio dia 27, sabado -2 da tarde - junho 2009.


Candeia, Casquinha, Paulinho da Viola, Velha Guarda da Portela, Lan - muita história boa na vida deste homem

Segue mais algumas informações sobre o livro e principalmente seu autor Joao Baptista Medeiros Vargens.
sobre o autor:
- curriculo:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=B385214
- alguns dados:
na orelha do livro "A VELHA GUARDA DA PORTELA" - (escrito com Carlos Monte - 2001) :
"Joao Baptista M. Vargens, nasceu no Rio de Janeiro, em 1952, bacharelou-se e licenciou-se na UFRJ onde é professor adjunto na Faculdade de Letras. Fez seus estudos de pós-graduação em Damasco e Lisboa e é membro honorário da Academia de Altos Estudos Ibero-Árabes. É autor de Nos bastidores d'o Pasquim (GMS, 1999), Candeia, luz da inspirição (Martins Fontes/Funarte, 1988), Notas musicais cariocas (Vozes, 1986), Islamismo e negritude (UFR, 1982, com Nei Lopes) e Lembranças de ontem (Reproarte, 1978).
Durante sua adolescencia, Joao morou em Osvaldo Cruz e conviveu com os componentes da Velha Guarda da Portela, acompanhando-os em festas, shows e excursões. Portelense desde sempre, foi um dos fundadores do Gremio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo, pólo de resistência do samba de raiz, idealizado pelo compositor Candeia."

participações em palestras e seminarios: (não consegui identificar a data)

- Luana Clara – Na sexta-feira foi realizado o último ciclo de palestra do seminário Samba, Patrimônio Cultural do Brasil, no Sesc de Madureira.

As atividades foram abertas com a exibição do documentário Matrizes do Samba do Rio de Janeiro. Após, foi realizada a terceira mesa do evento, composta por João Baptista Vargens, Tantinho, Cláudia Márcia e os mediadores Lygia Santos e Aloy Jupiara.
João Baptista falou sobre a transmissão do samba de geração para geração. E também aproveitou para indagar Tantinho: “Por que os homens da Portela se envolvem com as mulheres da Mangueira?”, e o compositor respondeu: “Porque elas são lindas!”. E o biógrafo continuou: “É que fiz esta pergunta a Nozinho, irmão de Natal, e ele me disse: ‘Pergunte as mulheres da Mangueira’”, concluiu.
Em sua palestra, Tantinho falou sobre o afastamento das comunidades das escolas de samba, e como os novos dirigentes desvalorizam ritmos tradicionais, como o samba de terreiro. “O meu interesse é na preservação do samba, das escolas em geral”, declarou o mangueirense, que com o CD “Memória em Verde e Rosa”, venceu a última edição do Prêmio Tim, na categoria melhor disco de samba.
Cláudia Márcia, diretora do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, explicou sobre a ampliação do foco de ação do Iphan. “Na constituição de 88, já se tem uma visão de que o patrimônio cultural é inatingível. Quando o Iphan foi criado, em 37, já se via uma possibilidade de tombar o imaterial, mas o urgente era o material, devido ao grande avanço urbano”, explica.
Para a palestrante, esta titulação é um reconhecer do governo, de que o bem está em outros espaços, impalpáveis, em comunidade. “No patrimônio imaterial, a intervenção do Estado não deve ser desejada, pois o grupo é detentor. Mas, (o governo) deve criar espaços para vivencia-lo”.
- fora do Brasil:

http://www.camaraportuguesa.com.br/default.asp?pag=noticias&id_noticia=11576

entrevista: (tem uns trechos muito bons - não deixe de dar uma olhadinha)
http://www.portelaweb.com.br/candeia-especial/joao-batista.htm

- Sobre o livro Candeia – Luz da Inspiração
"Nos trinta anos de ausência do compositor Candeia, a Almadena Editora lança a terceira edição – ampliada e revisada - da biografia Candeia – Luz da Inspiração, de João Baptista M. Vargens. Há nesta edição 28 músicas inéditas, descritas em letras e partituras, estando 23 delas gravadas em um CD, que acompanha o livro. Cinco músicas são cantadas pelo próprio Candeia, inclusive um samba em parceria com Paulinho da Viola.
Sergio Cabral assina a orelha, as ilustrações são do portelense Lan (capa) e do compositor Nei Lopes (miolo) e o prefácio, da jornalista Lena Frias".
- show e relaçao de musicas com participação do autor:

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ismael Silva em Curitiba - 1974

Mais uma materia do Aramis Millarch. A materia é sobre os lançamentos na epoca da Funarte e aproveita para tecer alguns somentarios sobre a carreira e discos do Ismael. Segue o texto dele:

Em 1974, Ismael Silva veio a Curitiba pela primeira e única vez. Quem o trouxe foi Ricardo Cravo Albim, que o apresentou num show no Paiol (bons tempos em aquele teatro existia artisticamente) e o fundador da primeira escola de samba do Brasil, a Deixa Falar (1929) integrou o júri do nosso carnaval de rua. Apesar de sofrendo já diversos problemas de saúde - especialmente dores nos pés, Ismael foi amabilíssimo e mostrou, inclusive uma nova composição para a época, "Contrastes", no qual, com a sabedoria popular, utilizava um curioso jogo de imagens pra filosofar sobre os contrastes da vida ("Existe muita tristeza na rua da alegria" e "muita desordem" na "da Harmonia" e só se encontra "fracasso no largo da Glória").
Pois são os sambas profundos, filosóficos - que tanto influenciaram a Chico Buarque (mais mesmo do que Noel Rosa), que foram reunidos no emocionante elepê "São Ismael Silva", produção artística de João de Aquino e Maurício Carrilho, e que como todos os discos da Funarte vem enriquecidos com os perfeitos textos de encarte do pesquisador Jairo Severiano. Para este elepê foram gravadas 16 de suas composições em parcerias com Francisco Alves, Noel Rosa e Nilton Bastos, interpretadas por dois intérpretes perfeitos: Jards Macalé, que sempre foi o seu maior admirador e a pernambucana Dalva Torres, mais um talento regional que Maurício Carrilho e Hermínio souberam buscar.
Com o lançamento do disco, a Funarte também coloca à venda o livro "São Ismael do Estácio - o sambista que foi rei", de Maria Thereza Soares, vencedor do concurso Lúcio Rangel de 1984, e que, pronto há meses, aguardava que o disco fosse concluído para poder ter maior significado em seu lançamento. Sobre a importância (nem sempre devidamente dada, mesmo por pessoas que julgam-se conhecedoras da MPB) de Ismael Silva, é bom lembrar a opinião de Vinícius de Moraes: "Era um dos três maiores sambistas cariocas de todos os tempos. É perfeita a maciez de sua linha melódica e seu samba adquire às vezes a suavidade do cantochão".
Ismael Silva, rei do Estácio, mestre do pagode e um dos fundadores da "Deixa Falar", foi uma estrela que subiu rápido, atingiu o auge e, de repente, se apagou. O destino fez do autor de "Se Você Jurar" (vencedora do carnaval de 1931) um homem amargurado. O ajuste de contas, com a Justiça, os desamores, as dificuldades financeiras e problemas de saúde aceleraram o processo que o levou a completa solidão - tão bem documentada por Adnor Pitanga no curta-metragem e a ele dedicado - e que no dia 11 estará sendo projetado na sala Funarte (junto com "Partido Alto", de Leon Hirzman, sobre a Candeia).


fonte:
http://www.millarch.org/artigo/homenagens-merecidas-sao-ismael-candeia
- Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Veiculo: Estado do Paraná
Caderno ou Suplemento: Almanaque
Coluna ou Seção: Tablóide
Página: 3
Data: 08/07/1988

Candeia - Luz da Inspirição - livro reedição com CD

Joao Baptista Vargens em Curitiba, Itajai e Floripa.
O Marcão mora em Camboriu - SC, sujeito que gosta de cantar alguns sambas do Manacea, do Wilson Moreira, de quem é velho conhecido quando morou no Rio de Janeiro e conheceu um monte de bambas.
Pois é, o homem ligou-me semana passada informando sobre a vinda do Joao Baptista Vargens - leia-se autor, entre varias outras publicações, do livro "A Velha Guarda da Portela" de 2001 - ao qual ate hoje me reporto para as postagens e informações - e o livro do titulo desta postagem, vindo para cá para o lançamento da reedição com CD (23 musicas). Mesmo em cima da hora, faremos uma pequena recepção para o Joao aqui em Curitiba na proxima quinta, 25, com palestra e roda de samba e venda a preços promocionais - R$ 20,00.
Combinada a parada do Joao Baptista aqui neste frio danado, dei uma consultada e rastreada na vida deste amante do samba e acabei achando algo interessante escrito pelo Aramis Millarch, e descobrindo que o livro já teve um lançamento anterior aqui no Paraná. Vejam lá:
- Os dois novos álbuns-antologia e livros que estão sendo lançados pela Funarte a preço de ocasião, em Curitiba poderão ser encontrados na loja da Rua Cruz Machado, com a sempre simpática Patrícia) são em homenagem a duas figuras exponenciais de nossa música popular: Ismael Silva (1905-1978) e (Antonio) Candeia (Filho, 1935-1978).
Povo. Samba. Luta. Resistência. Quatro palavras do cotidiano de Candeia. "Uma vida tão rica quanto a de Antônio Candeia Filho é difícil de traçar", diz a jornalista Lena Frias no prefácio do livro de João Baptista Vargens, vencedor do Concurso Lúcio Rangel.
- "Partia para a luta derrubando tudo - dificuldades, preconceitos, o que encontrasse atrapalhando o caminho. Qualidade de líder naquele homem preso a uma cadeira de rodas (tornou-se deficiente físico quando levou uma facada nas costas quando era policial) que, ainda assim, era puro movimento, ação, dinamismo" - diz Lena Frias.
O livro de Vargens é uma crônica sobre Candeia (seu filho, Jorginho do Império, fez carreira como compositor e cantor), relato do que ele viu, viveu e observou.
No elepê "Candeia" foram gravadas seis músicas inéditas, entre as quais aquelas que podem ser citadas como "Seis datas magnas", em parceria com Altair Prego, interpretada por Francisco Santana, compositor ("Saco de Feijão", sucesso de Beth Carvalho, por exemplo) que morreu (sem o menor registro na imprensa) há poucos meses, quando o disco entrava em fase industrial. Este samba-enredo, composto quando Candeia tinha 17 anos, trouxe a vitória para a Portela em 1953. Segundo Sérgio Cabral, ex-vereador, atual secretário de Esportes do Rio de Janeiro e candidato a prefeito do Rio de Janeiro - mas sobretudo um grande pesquisador do samba, o momento especial do disco está em "Testamento de Partideiro", onde Candeia se coloca diante da possibilidade da morte e dedica seus versos, com muito amor a seus filhos e sua mulher, dona Leonilda. Os arranjos e a direção do disco são de Tuninho Galante.

sobre Aramis Millarch (não deixe de ler) e visitar o tabloide digital
http://www.millarch.org/quem-foi-aramis-millarch

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Raul de Barros Lenda - entrevista 89 anos


Raul de Barros - Rei da Gafieira V - discografia

Também encontrei no cliquemusic e não tem imagem, mas tinha o vinil também. Vou localizar a capa. Vejam que o disco tam´bem é da CID e não consta no catalogo de musica instrumental ou samba, portanto devem te-lo caracterizado em outro genero que não procurei.

O TROMBONE DE OURO
Raul de Barros
1983 - CID - LP 4140
Faixas
1
Na Glória
(Ary dos Santos - Raul de Barros)
2
Pennsylvani 6-5000
(J. Gray - C. Sigman)
• Tea for two (V. Youmans-L. Caesar)
3
Copacabana
(Alberto Ribeiro - João de Barro)
4
Doce de coco
(Jacob do Bandolim)
5
Ave Maria
(Jayme Redondo - Vicente Paiva)
6
Pedacinhos do céu
(Waldir Azevedo)
7
Ela disse-me assim [Vá embora]
(Lupicínio Rodrigues)
• Canção de amor (Chocolate-Elano de Paula)
8
Chattanooga choo-choo
(Warren - Gordon)
• The continental (C. Conrad-A. Magidson)
9
Carinhoso
(Pixinguinha - João de Barro)
10
Angustia
(Orlando Brito)
• Recuerdos de Ipacaray (Mirkin-Ortiz)
11
Ginga das palmas
(Carioca)
(Warren - Gordon)

Raul de Barros - Rei da Gafieira IV

Disco da CID de 1979 que queimou no incendio, acabei localizando no Clique music
http://www.cliquemusic.com.br/artistas/artistas.asp?Status=DISCO&Nu_Disco=5198

O SOM DA GAFIEIRA
Raul de Barros
repertorio:
Na Glória
(Ary dos Santos - Raul de Barros)
2
Pennsylvania
(J. Gray - C. Sigman)
• Tea for two (V. Youmans-L. Caesar)
3
Piston de gafieira
(Billy Blanco)
4
Copacabana
(Alberto Ribeiro - João de Barro)
5
Carinhoso
(Pixinguinha - João de Barro)
6
Passarinho
(Chatim)
7
Escurinha
(Arnaldo Passos - Geraldo Pereira)
8
Ela disse-me assim [Vá embora]
(Lupicínio Rodrigues)
• Canção de amor (Chocolate-Elano de Paula)
9
Chattanooga choo-choo
(Warren - Gordon)
• The continental (C.Conrad-A.Magidson)
10
Ave Maria
(Jayme Redondo - Vicente Paiva)
11
Pedacinhos do céu
(Waldyr Azevedo)
12
Estatuto de gafieira
(Billy Blanco)
13
Casa de bamba
(Martinho da Vila)
14
Angústia
(Orlando Brito)
• Recuerdos de Ipacaray (Mirkin-Ortiz)
15
Tema de gafieira flor de liz
(Raul de Barros)
16
Coração leviano
(Paulinho da Viola)

Raul de Barros - Rei da Gafieira III


Este disco não consegui os compositores no site da gravadora CID:
Vou buscar e complemento outro dia, ja que a maioria são musicas conhecidas. Eu tinha um vinil com Raul e Adele Fatima na capa que não achei na minha busca e parece-me que é o mesmo repertorio deste disco e talvez a gravadora tenha alterado a capa na reedição em CD. Vou verificar e se for o caso retifico a postagem para informação das pessoas que queiram conhecer um pouco mais da obra do maestro.

O MELHOR DA GAFIEIRA
Raul de Barros
gênero musical: Samba
cod. 773-3
REPERTÓRIO:
1. ESTATUTO DA GAFIEIRA *
2. PISTON DE GAFIEIRA *
3. NA GLÓRIA
4. CASA DE BAMBA*
5. COPACABANA
6. CARINHOSO
7. ESCURINHA*
8. CORAÇÃO LEVIANO*
9.1 CHATTANOOGA CHOO CHOO
9.2 THE CONTINENTAL
10. PEDACINHOS DO CÉU
11.1 ELA DISSE-ME ASSIM (VÁ EMBORA)
11.2 CANÇÃO DE AMOR
12.1 ANGÚSTIA
12.2 RECUERDOS DE YPACARAÍ
13.1 PENNSYLVANIA 6.5000
13.2 TEA FOR TWO
14. TEMA DE GAFIEIRA FLOR DE LIZ
* faixas cantadas

Raul de Barros - Rei da Gafieira II

Com os contatos frequentes e vindas do maestro Raul de Barros a Curitiba regularmente muitos musicos aqui de Curitiba tocaram com ele: Juliao Boemio, Daniel Miranda, Alex Souza, Zezinho do Pandeiro, Henrique do Violão, de Sao Paulo a Roberta Valente, do Rio o Humberto Araujo e muitos outros. Neste periodo também consegui obter alguns vinis de carreira, que ele proprio não tinha em casa. Perdi todos num incendio criminoso no Cimples Ocio em 2008. Com a facilidade da internet alguns discos podemos relembrar:

GINGA DE GAFIEIRA
Raul de Barros
Característica: instrumental
Gravadora: Odeon (LP)/Kuarup Discos (CD)
Produtor:
Formatos: (LP/1958), (CD/1999)
Primeiro disco: 1958
Observação:
Gravações originais realizadas em 1957. Em 1999, aos 83 anos, Raul de Barros conseguiu lembrar-se dos nomes dos músicos que faziam parte de sua orquestra na ocasião.

Música(s): faixa 01
Amigo Velho
Compositor(es): Cristóvão de Alencar
Hélio Nascimento
Músico(s):
Alonso : Contrabaixo
Armando Vieira Marçal : Percussão
Felix : Percussão
Ivo : Bateria
Jurim : Saxofone Tenor
Luizinho : Guitarra
Norega : Trompete
Raul de Barros : Trombone
Silveira : Piano
Vavá : Saxofone Alto
Arranjador(es): maestro Pachequinho

faixa 02
Cidade Maravilhosa
Compositor(es):
André Filho
Músico(s):
Alonso : Contrabaixo
Armando Vieira Marçal : Percussão
Elizeu Felix : Percussão
Ivo : Bateria
Jurim : Saxofone Tenor
Luizinho : Guitarra
Norega : Trompete
Raul de Barros : Trombone
Silveira : Piano
Vavá : Saxofone Alto
Arranjador(es): Maestro Pachequinho

faixa 03
Arrasta A Sandália
Compositor(es): Aurélio Gomes
Oswaldo Vasques (Baiaco)
Músico(s):
Alonso : Contrabaixo
Armando Vieira Marçal : Percussão
Elizeu Felix : Percussão
Ivo : Bateria
Jurim : Saxofone Tenor
Luizinho : Guitarra
Norega : Trompete
Raul de Barros : Trombone
Silveira : Piano
Vavá : Saxofone Alto
Arranjador(es): Maestro Pachequinho

faixa 04
Jogadinho

Compositor(es): Hianto de Almeida
Músico(s):
Alonso : Contrabaixo
Armando Vieira Marçal : Percussão
Elizeu Felix : Percussão
Ivo : Bateria
Jurim : Saxofone Tenor
Luizinho : Guitarra
Norega : Trompete
Raul de Barros : Trombone
Silveira : Piano
Vavá : Saxofone Alto
Arranjador(es): Maestro Pachequinho

faixa 05
Trombone Travesso
Compositor(es): Pedro Mello dos Santos
Músico(s):
Alonso : Contrabaixo
Armando Vieira Marçal : Percussão
Elizeu Felix : Percussão
Ivo : Bateria
Jurim : Saxofone Tenor
Luizinho : Guitarra
Norega : Trompete
Raul de Barros : Trombone
Silveira : Piano
Vavá : Saxofone Alto
Arranjador(es): Maestro Pachequinho

faixa 06
Colher De Chá

Compositor(es): Edson Menezes , Raul de Barros
Músico(s):
Alonso : Contrabaixo
Armando Vieira Marçal : Percussão
Elizeu Felix : Percussão
Ivo : Bateria
Jurim : Saxofone Tenor
Luizinho : Guitarra
Norega : Trompete
Raul de Barros : Trombone
Silveira : Piano
Vavá : Saxofone Alto
Arranjador(es): Maestro Pachequinho

faixa 07
Gosto Que Me Enrosco
Compositor(es): Sinhô (José Barbosa da Silva)
Músico(s):
Alonso : Contrabaixo
Armando Vieira Marçal : Percussão
Elizeu Felix : Percussão
Ivo : Bateria
Jurim : Saxofone Tenor
Luizinho : Guitarra
Norega : Trompete
Raul de Barros : Trombone
Silveira : Piano
Vavá : Saxofone Alto
Arranjador(es): Maestro Pachequinho

faixa 08
Pé De Chumbo
Compositor(es): Alberto Paz
Carlos Monteiro de Souza
Músico(s):
Alonso : Contrabaixo
Armando Vieira Marçal : Percussão
Elizeu Felix : Percussão
Ivo : Bateria
Jurim : Saxofone Tenor
Luizinho : Guitarra
Norega : Trompete
Raul de Barros : Trombone
Silveira : Piano
Vavá : Saxofone Alto
Arranjador(es): Maestro Pachequinho

faixa 09
Se Acaso Você Chegasse
Compositor(es): Felisberto Martins, Lupicínio Rodrigues
Músico(s):
Alonso : Contrabaixo
Armando Vieira Marçal : Percussão
Elizeu Felix : Percussão
Ivo : Bateria
Jurim : Saxofone Tenor
Luizinho : Guitarra
Norega : Trompete
Raul de Barros : Trombone
Silveira : Piano
Vavá : Saxofone Alto
Arranjador(es): Maestro Pachequinho

faixa 10
Ginga De Gafieira
Compositor(es): Alcebíades Nogueira
Músico(s):
Alonso : Contrabaixo
Armando Vieira Marçal : Percussão
Elizeu Felix : Percussão
Ivo : Bateria
Jurim : Saxofone Tenor
Luizinho : Guitarra
Norega : Trompete
Raul de Barros : Trombone
Silveira : Piano
Vavá : Saxofone Alto
Arranjador(es): Maestro Pachequinho

faixa 11
Netuno
Compositor(es): Carlito, O. Trinca
Músico(s):
Alonso : Contrabaixo
Armando Vieira Marçal : Percussão
Elizeu Felix : Percussão
Ivo : Bateria
Jurim : Saxofone Tenor
Luizinho : Guitarra
Norega : Trompete
Raul de Barros : Trombone
Silveira : Piano
Vavá : Saxofone Alto
Arranjador(es): Maestro Pachequinho

faixa 12
Pau No Burro
Compositor(es): A. Guedes, Raul de Barros
Músico(s):
Alonso : Contrabaixo
Armando Vieira Marçal : Percussão
Elizeu Felix : Percussão
Ivo : Bateria
Jurim : Saxofone Tenor
Luizinho : Guitarra
Norega : Trompete
Raul de Barros : Trombone
Silveira : Piano
Vavá : Saxofone Alto
Arranjador(es): Maestro Pachequinho

Raul de Barros - Rei da Gafieira


Maestro Raul de Barros se foi aos noventa e tanto. Tive contato com ele a primeira vez em 1998 no Hermes Bar aqui em Curitiba fazendo uma pontinha com o Cloves do Violão do Rio, violão 7 cordas do Jamelão que o Luis Alceu dono do Hermes ja conhecia. Simplesmente me apaixonei pelo som do trombone dele e comecei a prestar mais atenção nos solos do instrumento quando ouvia Roberto Silva, Clementina de Jesus. Descobri a sonoridade e o charme que este instrumento dava aos sambas. O resumo da conversa é que acabei sabendo bastante coisa da vida artistica e pessoal de um dos maiores musicos brasileiros. Entre 1999 e 2003 ficou hospedado na minha casa diversas vezes, levei no medico, passeamos, viajamos, conversamos, comemos, tive a liberdade de brincar no seu cuidado trombone. Só andava no banco da frente com seu trombone no colo e as vezes faziamos deslocamentos de 150km só de ida. Nesta fase ja tinha seus 85 anos de idade.
Posto alguns discos de carreira que busquei na internet:
PS: Dêem uma olhadinha nos musicos participantes!!!!!
BRASIL, TROMBONE
Raul de Barros
Característica: instrumental
Gravadora: Discos Marcus Pereira
Produtor: J. C. Botezelli (Pelão)
Formatos: (CD/0), (LP/1975)
Primeiro disco: 1975
Observação:
CD sem o ano de lançamento.
Músicos não especificados por faixa na ficha técnica do disco e identificados pela autora desta Discografia. Faixas 3, 7 e 9 têm piano e naipe de sopros para os quais não há créditos. O CD não traz os nomes dos compositores das músicas.
Música(s):
faixa 01
Na Glória
Compositor(es): Ary dos Santos, Felipe Tedesco, Raul de Barros
Músico(s): Abel Ferreira : Clarinete
Armando Vieira Marçal : Ritmo
Canhoto (Waldiro Frederico Tramontano) : Cavaquinho
Dino 7 Cordas (Horondino José da Silva) : Violão 7 Cordas
Doutor : Ritmo
Elizeu Felix : Ritmo
Luna : Ritmo
Meira (Jaime Tomás Florence) : Violão
Raul de Barros : Trombone
Wilson das Neves : Bateria
faixa 02
Chorinho De Gafieira
Compositor(es): Astor Silva
Músico(s):
Abel Ferreira : Clarinete
Armando Vieira Marçal : Ritmo
Canhoto (Waldiro Frederico Tramontano) : Cavaquinho
Dino 7 Cordas (Horondino José da Silva) : Violão 7 Cordas
Doutor : Ritmo
Elizeu Felix : Ritmo
Luna : Ritmo
Meira (Jaime Tomás Florence) : Violão
Raul de Barros : Trombone
Wilson das Neves : Bateria
faixa 03
Voltei Ao Meu Lugar
Compositor(es): Carioca (Ivan Paulo da Silva)
Músico(s):
Abel Ferreira : Clarinete
Meira (Jaime Tomás Florence) : Violão
Raul de Barros : Trombone
Wilson das Neves : Bateria
Arranjador(es):
Ivan Paulo (Ivanovich Paulo da Silva)
faixa 04
Paraquedista
Compositor(es):
José Leocádio
Músico(s):
Abel Ferreira : Clarinete
Armando Vieira Marçal : Ritmo
Canhoto (Waldiro Frederico Tramontano) : Cavaquinho
Dino 7 Cordas (Horondino José da Silva) : Violão 7 Cordas
Doutor : Ritmo
Elizeu Felix : Ritmo
Luna : Ritmo
Meira (Jaime Tomás Florence) : Violão
Raul de Barros : Trombone
faixa 05
Violão Vadio
Compositor(es):
Baden Powell
Paulo César Pinheiro
Músico(s):
Raul de Barros : Trombone
Part. Especial(ais):
Guinga : Violão
faixa 06
Saudade Da Bahia
Compositor(es):
Dorival Caymmi
Músico(s):
Abel Ferreira : Clarinete
Armando Vieira Marçal : Ritmo
Canhoto (Waldiro Frederico Tramontano) : Cavaquinho
Dino 7 Cordas (Horondino José da Silva) : Violão 7 Cordas
Doutor : Ritmo
E
lizeu Felix : Ritmo
Luna : Ritmo
Meira (Jaime Tomás Florence) : Violão
Raul de Barros : Trombone
Wilson das Neves : Bateria
faixa 07
Bronzes E Cristais
Compositor(es):
Alcyr Pires Vermelho
Nazareno de Brito
Músico(s):
Abel Ferreira : Clarinete
Dino 7 Cordas (Horondino José da Silva) : Violão 7 Cordas
Meira (Jaime Tomás Florence) : Violão
Raul de Barros : Trombone
Wilson das Neves : Bateria
rranjador(es):
Ivan Paulo (Ivanovich Paulo da Silva)
faixa 08
B
altazar
Compositor(es):
José Benedito de Freitas
Oscar da Silva
Músico(s):
Abel Ferreira : Clarinete
Armando Vieira Marçal : Ritmo
Canhoto (Waldiro Frederico Tramontano) : Cavaquinho
Dino 7 Cordas (Horondino José da Silva) : Violão 7 Cordas
Doutor : Ritmo
Elizeu Felix : Ritmo
Luna : Ritmo
Meira (Jaime Tomás Florence) : Violão
Raul de Barros : Trombone
Wilson das Neves : Bateria
Arranjador(es):
Ivan Paulo (Ivanovich Paulo da Silva)
faixa 09
Dora
Compositor(es):
Dorival Caymmi
Músico(s):
Abel Ferreira : Clarinete
Armando Vieira Marçal : Ritmo
Doutor : Ritmo
Elizeu Felix : Ritmo
Luna : Ritmo
Meira (Jaime Tomás Florence) : Violão
Raul de Barros : Trombone
Wilson das Neves : Bateria
faixa 10
Pó-Ró-Ró, Pó-Ró-Ró
Compositor(es):
Raul de Barros
Músico(s):
Abel Ferreira : Clarinete
Armando Vieira Marçal : Ritmo
Canhoto (Waldiro Frederico Tramontano) : Cavaquinho
Dino 7 Cordas (Horondino José da Silva) : Violão 7 Cordas
Doutor : Ritmo
Elizeu Felix : Ritmo
Luna : Ritmo
Meira (Jaime Tomás Florence) : Violão
Raul de Barros : Trombone
Wilson das Neves : Bateria
faixa 11
Folhas Secas
Compositor(es):
Guilherme de Brito
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Abel Ferreira : Clarinete
Armando Vieira Marçal : Ritmo
Canhoto (Waldiro Frederico Tramontano) : Cavaquinho
Dino 7 Cordas (Horondino José da Silva) : Violão 7 Cordas
Doutor : Ritmo
Elizeu Felix : Ritmo
Luna : Ritmo
Meira (Jaime Tomás Florence) : Violão
Raul de Barros : Trombone
Wilson das Neves : Bateria
faixa 12
O Trombonista Romântico
Compositor(es):
Carlos Lima do Espírito Santo
Músico(s):
Abel Ferreira : Clarinete
Armando Vieira Marçal : Ritmo
Canhoto (Waldiro Frederico Tramontano) : Cavaquinho
Dino 7 Cordas (Horondino José da Silva) : Violão 7 Cordas
Doutor : Ritmo
Elizeu Felix : Ritmo
Luna : Ritmo
Meira (Jaime Tomás Florence) : Violão
Raul de Barros : Trombone
Wilson das Neves : Bateria