sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Cimples Caioba desde dia 19 dez

Parte do Cimples esta em Caiobá - Pr., tentaremos montar uma programação interessante para quem gosta de samba e choro.
Programação, acessem: www.cimples-caioba.blogspot.com
2010 estourando pra todos!!!!!!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Musica boa, dança e prazeres paralelos


Ja escrevi aqui sobre o prazer de ouvir o Ze da Velha e o Silvério Pontes. Como as escolas de dança de salão proliferam na mesma profusão das exigencias da coreografia dos dançarinos. Ouvir musica boa - gafieira ou um samba com andamento mais lento é sempre um prazer. Hoje as modernices dos arranjos e as formações com bateria, guitarra e baixo, não me dão muito prazer e ai também não tenho vontade de dançar, as vezes vou ouvindo meio a contragosto - bom - resumo da opera, cada vez saio menos de casa. Sem saudosismos, mas acho que alguns anos atras quem gostava de musica brasileira diverti-se um pouco mais. Nas imagens (clique para visualizar) um pouco de informação sobre o samba de gafieira no contexto da história do samba nas fasciculos da Editora Globo de 1998.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Tantinho em Curitiba 16/12









Dia 16 dezembro deste 2009 trago para Curitiba o sambista Tantinho, mestre Devani Ferreira. Será um show com sinopse musical de seus dois CDs.
Andei dando uma passadela na vida musical dele atraves do mestre google e outras buscas.
Para quem tiver interesse segue alguns endereços encontrados trazendo informação dos discos,
comentarios interessantes e carreira:
"Devani Ferreira, o Tantinho, aparece no palco com aquela cara de parente chegado que só ele sabe fazer. Sem mais delongas, começa o show com “Recordar é Viver” (uma das músicas mais entoadas em todos os estádios). "

"É na voz segura desse cantor da verde-e-rossa que saem do baú jóias como o partido alto Cuidado Mulher, dividido por Tantinho com Marquinhos China."

Osvaldo Vitalino de Oliveira, o Padeirinho, foi um dos inovadores do gênero do samba. Versátil compositor, Padeirinho destacou-se na produção dos chamados sambas de gíria. Sua obra foi gravada por grandes intérpretes da nossa música como Nara Leão, Jamelão, Paulinho da Viola, João Nogueira, Beth Carvalho e outros.
"A ligação do compositor com a Mangueira é tanta que ele demorou muito a se lançar como cantor. "Faço samba desde a adolescência. Sempre fui freqüentador assíduo das rodas de partido-alto no Buraco Quente, Chalé e Três Tombos (favelas que integram o Morro da Mangueira). Fiz parte do grupo Originais do Samba e atuei como músico, tocando tamborim, em gravações de Jamelão e Zé Keti", lembra."
- lançamento CD Tantinho, memorias em verde e rosa" - 2006 - Rio

http://www.youtube.com/watch?v=mvl727VAoV4
- improvisando com Xango da Mangueira

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Historia de choro feliz - Os Matutos




Estes dias aqui em Curitiba, por curiosidade fui no Teatro da Caixa - pequeno, bom de acustica, metade da lotação numa sexta. Pena - sai feliz com o show, meninada, bons instrumentistas, repertório melhor ainda - e era o que tinha me chamado a atenção. Hoje o Luis Rolim, da nova geração de músicos de Curitiba trouxe-me um CD com duas musicas, apresentando um novo grupo da cidade - a Orquestra Geraldosamba - homenagem ao Geraldo Pereira. Voltando ao Grupo "Os Matutos" - pois é, sugeri aos Luis uma olhadinha no repertório e aproveitei a lembrança para buscar alguma informação deles - ja tem registro fonografico.
Acabei encontrando uma materia no JB e repasso para voces. Creio que vale o registro pela esforço dos moleques:

"Parece até fábula a história de um grupo de músicos que viaja todo sábado, quatro horas de ônibus, de Cordeiro, no interior do Rio de Janeiro, até a capital do Estado para estudar choro."
Veja a matéria completa:
http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/cadernob/2003/10/11/jorcab20031011001.html
 - outra materia melhor ainda sobre eles:
http://www.anovademocracia.com.br/

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Preconceito, presdisposição e composições

Pois é, ontem fiz meu primeiro trabalho como narrador de um show musical, que esta divulgado na postagem anterior - é sobre o choro em Curitiba - algumas falas durante o show me fizeram pensar sobre diferenças, preconceitos e lembrei que há alguns anos cometo algumas injustiças no cenário do samba e mesmo não exteriorizando não é correto. Ontem passei e senti as predisposições e não gostei. Hoje pensando nos fatos todos, lembrei do Bezerra da Silva e seus compositores e repasso um video sobre os compositores de seus discos. Respeito, mesmo não gostando de pessoas, trabalhos e rumos - é o elemento de maior valor, muito cultuado pelos sambistas que tive o privilegio de ter contato. E depois conto o resto.

http://portacurtas.com.br/pop_160.asp?cod=344&Exib=5937

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Um chorinho de ontem, um maxixe pra agora!











Pois é, vou entrar na area de narração de shows aqui em Curitiba - estou preparando o roteiro, na verdade um pequeno resumo dos musicos e do genero aqui da cidade - será minha estreia neste tipo de produção. Apareçam. Segue texto que enviei para divulgação:


Um chorinho de ontem, um maxixe pra agora!
O choro e os chorões de Curitiba.
Dom 08 nov 6 da tarde
Uma resenha de um dos principais gêneros musicais do Brasil vivenciado pelos músicos de Curitiba. Dos mais antigos e autodidatas aos jovens de formação acadêmica.
O show terá um formato de narração breve dos personagens e episódios pitorescos e um grupo base com destacados músicos da cena local:
- Julião Boêmio no cavaquinho
- Vina Chamorro no violão 7 cordas
- Vina Lacerda, percussão
- Daniel Miranda - sax alto e clarinete
- projeto Som da Cidade - Sesc da Esquina - enviado por Cimples Ócio - produções de eventos culturais
Dia 08 de novembro 2009 - 18h00 - domingo
Teatro Sesc da Esquina - 041 3304-2222
Rua Visconde do Rio Branco, 969 - Curitiba - Pr
ingressos: R$ 12,00 e R$ 6,00 - estudantes, idosos e comerciários/dependentes .
+ informações: cimples.ocio@gmail.com
(041) 9172-7407 - 3209-8802.
- ou atraves deste blog nos comentarios

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Choro em Curitiba - 08 nov - 6 da tarde produção Cimples Ócio


Em março deste ano acabei enviando um projeto para o Sesc da Esquina/Som da Cidade para homenagear e mostrar um pouco da história do Choro em Curitiba. Também dar uma pincelada no quesito do autodidatismo e dos novos chorões academicos nas rodas de choro da cidade. Acabou selecionado e montei um texto para divulgação que deixo registrado:

Um chorinho de ontem, um maxixe pra agora!
O choro e os chorões de Curitiba.
Uma resenha de um dos principais gêneros musicais do Brasil vivenciado pelos músicos de Curitiba. Dos mais antigos e autodidatas aos jovens de formação acadêmica.
O show terá um formato de narração breve dos personagens e episódios pitorescos e um grupo base com destacados músicos da cena local:
Julião Boêmio no cavaquinho,
Vina Chamorro no violão 7 cordas,
Vina Lacerda, percussão
Daniel Miranda nos sopros.
Representando os chorões da cidade oito convidados de 18 a 80 anos.
No repertorio choros e maxixes de Antonio Callado, Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Juliao Boêmio, Daniel Miranda, Janguito do Rosário entre outros.
- projeto Som da Cidade - Sesc da Esquina e Cimples Ócio.
Dia 08 de novembro 2009 - 18h00 - domingo
Rua Visconde do Rio Branco, 800
ingressos: R$ 12,00 e R$ 6,00 - estudantes, idosos e comerciários.
+ informações: cimples.ocio@gmail.com
(041) 9172-7407 - 3209-8802
www.cimples-ocio.blogspot.com
- foto: roda de choro no centro historico de Curitiba - em destaque Wilson Moreira no bandolim um dos grandes incentivadores das rodas no Largo da Ordem.
- Juliao Boemio e Vina Chamorro - dupla de cordas de grande afinidade, numa roda na casa do Ceará (Maerlio - Calamengau)

domingo, 11 de outubro de 2009

Roberto Ribeiro, Ismael Silva e sambas da decada de 70






Estou dando uma olhada nos sambistas que estiveram em Curitiba na decada de 70 a 90. Achei esta materia do Aramis Millach que fala de melhores LPs lançados em 1973. Para quem gosta de guardar e rever nomes de sambas (o que não consigo) é prato cheio, pois o Aramis arranjava espaço na sua coluna. Tem comentarios e informações do carnaval de Curitiba de 1974.
Segue a materia:
Música popular
- O bom samba dos mestres Ismael e Elton Medeiros (e uma grata revelação)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de janeiro de 1974
Duas das mais agradáveis surpresas do final de 1973 foram os lançamentos dos discos de Elton Medeiros e Ismael Silva dois dos mais representativos de nossos sambistas e que há muito mereciam gravar novos lps, eles que há tantos anos - Ismael há quase 50, Elton no mínimo há 15 - tanta contribuição vem dando à nossa legítima MPB, com criações inspiradíssimas e que tem sido cantadas em todo o País. Mas não foram apenas os discos de Elton e Ismael, as boas surpresas deste final de ano: a revelação foi de Roberto Ribeiro, jovem sambista que após participar de discos ao lado de Elsa Soares e Simone, teve agora, finalmente o seu próprio lp - um disco de grande vitalidade e beleza, que justificou sua inclusão como o cantor-revelação do ano que passou.
SE VOCÊ JURAR
Há um ano, quando então coordenávamos o Carnaval de Curitiba, idealizamos a formação de um júri de alto nível para julgar as escolas de samba e convidamos Ricardo Cravo Albim, homem que pelo trabalho que desenvolveu em favor da MPB na frente do Museu da Imagem e do Som GB dispensa maiores apresentações. Ricardo não só aceitou o convite, como sugeriu os nomes de Ismael Silva, compositor e fundador da Primeira escola de samba do Brasil (a "Deixa Falar", criada em 12 de agosto de 1928 e que sairia pela primeira vez no Carnaval de 29 e ainda nos anos de 30 e 31) e a cantora Carmem Costa, intérprete de nosso cancioneiro e que criou muitos sucessos inesquecíveis do carnaval. Surgiu então a idéia: porque não aproveitar a presença de Ismael e Carmem e montar um rápido "show", que estrearia no Paiol, dois dias antes do Carnaval? Ricardo, sempre entusiasta, aceitou a proposta e assim os curitibanos tiveram a chance de assistir, em estréia nacional, um dos mais importantes espetáculos montados no Brasil no ano passado: "Se Você Jurar", contando com a participação do violonista José Paulo - que acompanhou Carmem em muitos "shows" nos EUA - foi um grande sucesso, não só nas 2 únicas apresentações no Paiol, mas também no Tuca em São Paulo e na GB, e só problemas de forças maiores impediriam que o espetáculo fosse levado ainda a outras capitais. A volta de Ismael e Carmem aos palcos fez com que se lembrasse destas duas figuras maravilhosas e assim, os jornalistas Milton Eric Nepomuceno (do "Jornal da Tarde", hoje em Buenos Aires) e Antônio Chrisóstomo (ex-Rádio Jornal do Brasil, hoje produtor da RCA Victor), que também vieram para julgar as nossas Escolas de Samba, procuraram divulgar o espetáculo, e de volta a São Paulo e GB, respectivamente, se preocuparam em que o retorno dos 3 artistas não se limitasse ao placo. Logo Carmem faria um belíssimo disco na RCA (comentado há 3 semanas, em O Estado) e, no Outeiro da Glória, participaria de um espetáculo maravilhoso, cantando músicas religiosas, idealizado por Chrisóstomo e que foi escolhido pela revista "Veja" como um dos 10 melhores do ano (e que apesar de gravado pela RCA, ainda não foi editado em lp). Já Ismael mereceria a realização de um excelente documentário em cores (1) e, de 13 a 15 de junho, em São Paulo, gravaria um lp para a excelente série "Documento" da RCA Victor, por onde anteriormente já tinham aparecido só discos de Nelson do Cavaquinho, João de Barro e Synval Silva. E sem dúvida, este se constitui num dos discos mais importantes feitos no ano passado, numa justa referência a quem fez tantas obras-primas do samba - revalorizadas neste disco de alta qualidade técnica, gravado em estúdio de 16 canais, com coordenação geral de Osmar Zandomenighi e direção de estúdio de Waldyr Santos. No lado A, temos os temas mais conhecidos de Ismael: "Antonico", "Nem é Bom Falar" (em parceria com Francisco Alves/Nilton Bastos), "Adeus" (em parceria com Noel Rosa), "Me Diga teu Nome" (c/Noel), "Boa Viagem" (c/Noel), "Se Você Jurar" (c/Francisco Alves/Nilton Bastos), "Prá Me Livrar do Mal" (c/Noel Rosa), "Ao Romper da Aurora" (c/Francisco Alves/Lamartine Barbosa). "Choro Silva", "Tristezas Não Pagam Dívidas" e "Novo Amor". No lado B, uma prova da vitalidade de Ismael, com sambas novos, alguns inéditos até agora: "Contrastes", "Alegria", "Aliás", "Receio", "Entrada Franca" e "Afina a Viola". Ouvindo-se a nova fase de Ismael e vendo-se que aos 68 anos o velho sambista continua em sua melhor forma é de se lembrar que tantos intérpretes de boa voz mas repertório limitado não se lembrem de ir procurá-lo em seu modesto quarto de pensão, para gravar e divulgar suas novas músicas não só as que ele revela neste lp - como o inteligente "Contraste" - mas outros que mostrou no palco e que, não sabemos porque razão, não foram incluídos no disco, como "Agora vou dizer nome feio", uma criação humorística na melhor linha de seu amigo e parceiro Noel Rosa. A história de Ismael - sua amizade com Francisco Alves (que de 1929 a 1931, seria o intérprete exclusivo de seus sambas em parceria com Nilton Bastos), sua profícua parceria com Noel Rosa do qual resultaram nove obras primas entre os quais "Pra Me Livrar do Mal", "Uma Jura que Fiz" e "A Razão dá-se a quem tem" e seu posterior afastamento da vida artística até 1950, quando Alcides Gerardi gravou "O Antonico" - é resumida com inteligência, por Ricardo Cravo Albim no texto de contracapa. Esquecido durante anos Ismael voltou a ser revalorizado em 1957, num "show" de grande sucesso, "O Samba Nasce no Coração" ao lado de Ataulpho Alves, Pixinguinha e toda a velha guarda. Logo depois, Ismael gravou seus dois primeiros elepês como intérprete de suas músicas: "O Samba na Voz do Sambista" (da Sinter, 1955) (2) e "Ismael Canta Ismael" (da Mocambo, 1956). Depois, mais um impulso e absurdo esquecimento quando ele voltou, de princípio no zicartola e em seguida no "show" , "O Samba pede Passagem" (do qual seria gravado seu 3º elepê, Philips, 1965), homenagens na Bienal do Samba e ainda programas especiais de TV e na boite Jogral, em São Paulo. Agora, sete anos depois, Ismael voltou a gravar e a cantar. Esperamos que desta vez não haja um novo "intermezzo" de esquecimento ao bom Ismael.
ELTON MEDEIROS
A seleção de 10 melhores discos do ano não é tarefa fácil: embora não chegue a 20% do total de lançamentos fonográficos aquilo que se pode classificar de realmente importante para a música popular brasileira existe sempre, num balanço ao fim de cada ano, 20 a 30 lps que, por razões diversas as destacam da maioria. Ao fazermos o nosso balanço de 73, como acontece desde 1967, o disco de Paulinho da Viola não poderia ficar ausente. Afinal, Paulo César Baptista Faria, 31 anos, é hoje um dos 3 mais importantes compositores brasileiros e que em cada novo disco evolui mais, incluindo ao lado de suas perfeitas criações também o que existe de melhor na MPB. Mas este ano, ao lado do disco de Paulinho ("Nervos de Aço"), tivemos a satisfação de vê-lo também como produtor, com um disco que mereceu também figurar na seleção: Elton Medeiros (Odeon, SMOFB 3820 - dezembro/73), primeiro lp individual de Elton (em 1966, dividiu com Paulinho da Viola as faixas do excelente lp "Na Madrugada", RGE) e uma síntese de seu trabalho, "um mapa de sua caminhada", desde um "Mascarada", por exemplo até inéditos como "Avenida Fechada" e "Sebastiana". Produzido por Paulinho "irmão" de Elton há muitos anos e que com ele divide seus "shows" (3), é daqueles lps antológicas da música brasileira: sambas da melhor qualidade interpretados com segurança e elegância por Elton - como Paulinho também um cantor tão bom quanto compositor. Acredito que Elton Medeiros, com este lp tem diante de si uma nova fase de sua carreira: a de intérprete. Juarez Barroso no lúcido texto de contracapa, lembra que Elton Medeiros, carioca da Glória fundador de duas escolas de Samba (Tupi do Brás de Pina e Unidos de Lucas) deixou as quadras das escolas quando elas passaram a ser invadidas por turistas. Compositor de vasto currículo, registrado em vozes como as de Jamelão, Nara Leão, Elizeth Cardoso, Paulinho da Viola, Marília Medalha, Dalva de Oliveira e Elza Soares, Elton é "o popular que se recusa a ser ingênuo". Sua pureza não é a do sambista que, da mesa do botequim, contempla a vida ou a do falso malandro, na base do vamos fazer-um-negocinho pra faturar sem perceber que está sendo utilizado como combustível. Elton não engana e não se deixa enganar. A partir daí, inspiração para ele é apenas a base de um paciente artesanato artístico até atingir um produto final que se coloca entre os melhores de nossa música popular. Neste seu disco estão alguns dos melhores momentos da música brasileira nestes últimos anos. E não poderia ser diferente, tratando-se de uma produção de Paulinho da Viola, realizada com muito amor e que revela um novo maestro e orquestrador: Cristóvão Bastos. Ainda recorrendo ao texto de Barroso, pode-se dizer que Elton sintetiza várias épocas e sensibilidades, desde sambistas de escolas de samba como Joacyr Austeclínio, Zé Keti, Mauro Bolacha e um poeta como Cacaso - professor do Departamento de Letras da PUC-GB e autor da letra de um dos mais velos sambas do disco "Meu Carnaval"; entre um veterano como Ciro de Sousa (autor do "Tenha Pena de Mim", memorável) e os novíssimos Antônio Valente e Cristóvão Bastos (pianista, organista e arranjador) e entre o poeta arquiteto Otávio de Morais (filho da inesquecível Eneida) e o poeta-pedreiro Agenor de Oliveira o Cartola.
Difícil dizer qual a melhor faixa deste lp antológico. Se o "Avenida Fechada", um hino autêntico ao Carnaval, a ternura de "Meu Carnaval", com achados poéticos como "Foi vestida de alegria/E saiu prá não voltar/E eu vestido de tristeza/Cantei para não chorar") a história humana de "Sebastiana", que "Desfilando na Avenida/Vai vestida de princesa/Num Carnaval tristeza/Vai no compasso/De quem pisa na saudade/De quem pisa na verdade/De uma vida de incerteza".
Os temas já clássicos de Elton também estão neste disco maravilhoso: "Fotos e Fatos", "O Sol Nascera" ou "Pressentimento" (com letra de Hermínio Bello de Carvalho).
De um sambista do valor de Elton amigo e companheiro de Paulinho da Viola, não poderíamos esperar resultado diferente: um álbum antológico para quem sabe reconhecer a nossa melhor MPB. Faixas: "Avenida Fechada" (Elton/Cristóvão Bastos/Antônio Valente), "Prá Bater Minha Viola" (Elton), "Pressentimento" (Elton/Hermínio), "Meu Carnaval" (Elton), "Fatos e Fotos" (Elton/Otávio de Moraes), "Mascarada" (Elton/Zé Keti), "O Sol Nascera" (Elton/Cartola), "Vem Mais Devagar" (Elton/Joacyr Sant'Ana), "Sebastiana" (Elton/Ciro de Sousa), "Sandália Dourada" (Elton/Austeclínio), (Elton/Mauro Duarte), "Hora H" (Elton/Antônio Valente) e "Sei Chorar" (Cartola).
Músicos: Christóvão (piano/violão), Dininho (baixo), Dino (violão 7 cordas), Jonas (cavaquinho), Copinha (Flauta e clarinete), Juquinha (bateria); ritmo: Marçal, Dazinho, Nelson Joaquim, Geraldo Sabino e Eliseu.
ROBERTO RIBEIRO
Após modestas participações nos lps de Elsa Soares e Simone (este gravado especialmente para o Brasil Export-73), Roberto Ribeiro fez seu primeiro lp, sozinho na Odeon garantido pela produção deste extraordinário Hermínio Bello de Carvalho, que apresenta o cantor como "mineiro cheio de dengues, meio esquivo e arredio, impressão que se destrói logo que a gente se aproxima de seu coração. Graças a Deus nunca usou de truques e nem entrou nessa de esticar cabelo, desamorenar a pele nem soltar a fieira, fazendo cantar o pião, é essa balezura de pessoa que se sabe (e, por tabela, um grande cantor)". Um sambista de bela voz entre Johnny Alf e Tito Madi em termos de ternura de interpretação, Roberto Ribeiro reuniu um repertório dos melhores para este lp de primeiro nível, que justificou sua inclusão no suplemento dos melhores de 73, como revelação do ano: "E Ela" (Miltinho/Maurício Tapajós/Paulo César Pinheiro), "Sozinha" (Luspicínio Rodrigues), "Anjinho no Morro" (João Laurindo/Jones Santos), "Se Você Não Vê" (Daltão), "Guenta a Mão, Mulher" (Eduardo Marques), "Preconceito" (Wilson Batista/Marino Pinto), "Paz, Amor e Maria" (Tôco), "Olha o Partido" (Xangô da Mangueira/Rubem Gerardi), "Eu Sei" (Reginaldo Bessa), "É Tão Tarde" (Daltão) e "Vida Sem Cor" (Delcio Carvalho/Barbosa da Silva).
CATEDRAL DO SAMBA
Na animada noite paulista entre meia centena de casas de samba de muita animação, a "Catedral do Samba" se firmou como um dos melhores redutos de quem sabe amar a melhor MPB. E assim, das mais louváveis a iniciativa da Phonogram através de sua equipe de produção de São Paulo em realizar este "Catedral do Samba" (Polyfar, 2494520, dezembro/73), onde é dada uma (boa) oportunidade a vários intérpretes novatos, habituês daquela casa. Desfilam nesta produção de Arnaldo Saccomani/Marco Antônio Galvão, os grupos Moçada do Samba ("O Pirata" de Luís Carlos/Murilão; "Cabeleira do Zezé" de J. Roberto/Murilão; "Cabeleira do Zezé" de J. Roberto/Roberto Faissal; "O Vira" de João Ricardo/Lulli; "Alô... Alô..." de André Filho); Filó e conjunto Catedral ("Prá Que Chorar" de Beto Scalla/São Beto; Ninguém Põe a Mão" de Dora Lopes/Jean Pierre; "Camisa 10" de Hélio Matheus/Luís Vagner; "Trem das Onze" de Adoniram Barbosa; "Cotidiano" de Chico Buarque; "Você Não Entende Nada" de Caetano Velloso); Fabião ("Não Deixe a Tristeza Pegar no seu Pé" de Jorge Costa e "Samba do Jegue" de Jorge Costa/Alberto Lacerda); Macumbinha e Família ("Na Escadaria" de Macumbinha/Mutinho); Cirandeiros ("É Carnaval" de Carlinhos/Luiz Antônio); Cyro Aguiar ("Do You Like Samba" de Marcelo Duran), Alcione ("Trem Dendê" de Reginaldo Bessa/Nei Lopes) e A Turma ("Os Escravos de Jó" de Milton Nascimento/Fernando Brant).
NOTAS
(1) "O Mestre Ismael", maio/julho de 1973, direção de Adenor Luna Pitanga, produção da Scorpio, em cores. Exibido no cine Flórida, por ocasião da realização do curso de Introdução a MPB e, que com certificado de Categoria Especial do INC, terá distribuição comercial.
(2) Este lp foi reeditado em 1972 pela Phonogram na série "No Tempo dos Bons Tempos", produção de Maurício Quadrio.
(3) Como "Sarau", atual cartaz na GB e que possivelmente em fevereiro estará sendo apresentado no Teatro do Paiol.
fonte: Tabloide digital - materias do jornalista paranaense Aramis Millarch

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Samba - identidade nacional?





Já postei algumas versões do inicio do samba. Cada vez acredito mais que houve manipulação no processo, leia-se alguns intelectuais sob pressão do Estado para não perder o bonde das manifestações populares. Creio que perdemos muito da história da musica popular brasileira com as obras e a extinção da "Pequena Africa" e a pressão para copiarmos uma jeito parisiense de viver na quase totalidade do Estados do Brasil no inicio do seculo.
O foco dos registros sociologicos foram para mudança estética, apesar das rodas, jongos, lundus, partido estarem ocorrendo em outros locais. O radio e o disco registraram o que já era mercado industrial - não sei ate onde foi interessante o emprego de diversos sambistas nos dois canais midiaticos - e ai novamente poucos mandaram no que ouvimos e vemos até hoje.
O livro do Hermano Viana, o Misterio do Samba, bem conhecido de todos nós, levanta e aborda bem este tema. O professor Tiago de Melo Gomes fez já há algum tempo uma resenha interessante sobre o livro, que vale a pena dar uma olhada:

- leiam um trechinho:
"Aqui tem-se a prova do risco indiscutível da ausência de reconhecimento de fatores que são específicos ao objeto estudado. Com tudo isto, é bastante possível que ao fim do livro, o leitor de O Mistério do Samba se sinta plenamente convencido de que havia, no período estudado, uma demanda por um ritmo que pudesse ser enquadrado como "tipicamente nacional". O que fica no ar é a pergunta: E por que o samba veio ocupar este espaço, em vez de qualquer outro ritmo urbano ou rural existente na mesma época? Havia no período uma enorme diversidade de ritmos "populares", e o fato de a primazia de "ritmo nacional por excelência" ter sido dada ao samba não é algo que se explica por si só. Aparentemente tal idéia não ocorreu ao autor, que unifica toda esta diversidade musical popular do período sob o rótulo "samba"."

(clique na imagem para ler confortalvelmente)
- imagens: Historia do Samba - fasciculos da editora Globo, 1998 - acervo Biblioteca Publica do Parana - scaner: Anildo Guedes
foto Hermano Viana - overmundo
fonte resenha: Revista Brasileira de Historia

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Ze da Velha e Silverio Pontes - blog


Agora teremos mais proximidade com um dos grupos que retratam a musica brasileira - emoção, técnica, altissima qualidade, doação, talento e outros adjetivos. Não deixem de ser seguidores. E para quem não ouviu ao vivo - coloca lá como meta.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Samba, farmacia, industria fonografica, BO e tarja preta















































































Achei este texto abaixo buscando baixar o CD Esquina Carioca, parceria do Bar Piraja (que ja postei algo) com a Dabliú Discos, gravação ao vivo de 1999, roubado do meu acervo. Apesar de não concordar (cultura não para!) com alguns tópicos, dei algumas risadas sózinho, coisa de doido. Neste boteco tive alguns bons encontros com o pessoal da Tribuna Samba-choro (+- 2000/2001) e com Nelson Sargento, esposa, violão, canjas e um pouco de papo. Segue um parte do texto:
fotos: (via google) de alguns dos integrantes do show: Walter Alfaiate, Beto Cazes, Pedro Amorim, Teresa Cristina, Moacyr Luz, Joao Nogueira, Elifas Andreatto, Dorina, Carlinhos 7 Cordas, Marcelo Moreira, Beth Carvalho, capa do CD, Luis Carlos da Vila e Dona Ivone Lara.

"Grandes sambistas passaram alguns momentos exilados nessa embaixada carioca. E, em março do ano passado, resolveram reunir-se em um espetáculo. O encontro foi em uma casa de shows da cidade, na qual organizou-se (entre as mesas do público) uma tradicional roda de samba. O batalhão era formado por Walter Alfaiate, Dona Ivone Lara, Moacyr Luz, Beth Carvalho, Luiz Carlos da Vila e João Nogueira. A batalha, antes de tudo, já estava ganha. Os sons dos guerreiros foram lançados em CD. Por enquanto, o álbum Esquina Carioca é o melhor disco de samba de ano.
Na primeira faixa, todos cantam (sem instrumentos) Patrão, Prenda seu Gado (de Pixinguinha, Donga e João da Baiana), a prece dos deuses é entoada, o desfile pode começar.
Os componentes da roda alternam sambas tradicionais com composições mais recentes (mas que não deixam de já serem antológicas). Um dos destaques é a interpretação emocionada de João Nogueira para as belas metáforas criadas por Paulo César Pinheiro na letra de Espelho. (''Nascido no subúrbio nos melhores dias/ Com votos da família de vida feliz/ andar e pilotar um pássaro de aço/ sonhava ao fim do dia ao me descer cansaço/ com as fardas mais bonitas desse meu país...''). Acompanhado por excelentes violão e bandolim, João mostra, mais uma vez, seus dotes de grande intérprete de samba.
Moacyr Luz brilha nas músicas que iniciam e encerram o espetáculo. Na abertura, canta Jogo Rasteiro, parceria sua com Nei Lopes. Saudades da Guanabara (de Moacyr com Aldir Blanc) é a última música do CD. Os belos versos de Aldir (''Brasil, tira as flechas do peito do meu padroeiro/ que São Sebastião do Rio de Janeiro/ ainda pode se salvar'') são o canto da esperança , do samba , que ''agoniza mas não morre'' (palavras de Nelson Sargento, a quem o disco é dedicado). Enquanto Ivone Lara e Walter Alfaiate cantam sambas antigos, Beth Carvalho e Luiz Carlos da Vila interpretam alguns mais ligados ao pagode - tudo delimitado apenas por um suficiente denominador comum, o samba de boa qualidade.
Recentemente, o presidente da Associação das Farmácias do Brasil revelou, na CPI dos medicamentos, a existência de uma espécie de remédio, o B.O. A sigla, resumindo ''bom para otário'', denomina a medicação à qual o balconista da farmácia ganha benefícios da indústria que a produz, para estimular o consumidor a levá-la para casa. Curiosa a semelhança das gravadoras com a indústria farmacêutica, das drogarias com as rádios e lojas de discos brasileiras.
Esquina Carioca, infelizmente, é 'tarja preta', só será vendido com prescrição. Poucas rádios e quase-nenhuma emissora de TV falará do CD.
Curioso e urgente é o estado atingido pela cultura brasileira: estamos na época em que remédio bom é o que não vende, e que a porcaria tornou-se paixão nacional. Em meio às trevas é que bravos guerreiros lançam suas melhores armas. O disco já está à venda. CD: Esquina Carioca Selo: Dabliú Discos (distribuição: Eldorado) Lançado em janeiro/2000."
fonte e texto completo:
(depois sairam outras edições com outros sambistas e direção musical de Moacyr Luz e Elifas Andreatto (direção artistica). Gordinho participou deste disco, mas não achei foto na internet.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Samba e divulgação


Estou ouvindo aquela caixa organizada pelo Omar Jubran do Noel Rosa com quatorze CDs e fico em duvida o que é samba, maxixe, modinha - mistura-se tudo dentro da cabeça, pois creio que como eu, outras pessoas acabam com parametros das regravações, já com arranjos e instrumentos mais atuais. Algumas gravações não consigo identificar os instrumentos basicos mais usados - mas varios sopros, banjo - percussão??? impossivel - estava acho qua ainda não tem. Bom para todos os efeitos postei porque já eram gravações para tocar equipamentos da epoca - decada de 30 e o radio já estava dominando como entrenimento do povo. Algumas musicas foram feitas para divulgar na festa da Penha também polo daquela epoca. O disco que estou ouvindo é do volume 2 - com 2 CdsCD 2e - que tem por exemplo: "Assim, Sim!" Noel e Ismael Silva, Francisco Alves na voz de Carmen Miranda, "Não há castigo"
(Noel e Donga) com andamento mais proximo de um dobrado, com solos de flauta, mas já com alguma percussão, interpretando por Helena&Joao Barreto e a conhecidissima "Não faz amor" com Francisco Alves, com um naipe de sopros - já com orquestras gravando. No "Quem dá mais", com Noel cantando - a música fala em mulata, batuque, samba, Salgueiro, mas pouco haver com os andamentos dos anos 40, somente para citar uma epoca.Era isto por ora. Clique no texto e tenha mais noções da epoca.
fonte imagem: Fasciculos "Historia do samba" editora Globo 1998.
Texto e sacaner: Anildo Guedes

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Palavra samba




Esta postagem é o inicio dos fasciculos da editora Globo de 1998 - A Historia do Samba.
(clique na imagem para ler o texto com facilidade)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Pixinguinha minha música, Jacob meu musico (Herminio)


Dando uma passada na agenda samba-choro acabei entrando numa materia do Estadão sobre o acervo do Jacob do Bandolim que estara disponivel no Museu da Imagem do Som do Rio em setembro ou outubro de 2009. Trabalho do Instituto Jacob que tem um bando de bambas na estrutura.
O sitio (http://www.jacobdobandolim.com.br/) vale uma visita: veja um trecho dos depoimentos:

- Foram também, inesquecíveis, para mim, os saraus de Jacob, um dos quais passei para um disco. Tem uma versão de 9 minutos do “Noites Cariocas” absolutamente antológica. Foi lá que conheci Paulinho da Viola, e levei Oscar Cáceres, Maria Luísa Anido, Turíbio Santos, Clementina de Jesus — tanta gente! Foi lá que ouvi Dorenski. Noite incrível.
Costumo dizer que Pixinguinha é minha música, e que Jacob é meu músico. Não mudei de opinião até agora.
Hermínio Bello de Carvalho

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Samba e o mercado na decada de 80

Hum!!! não mudou muito! Materia do Aramis Millarch falando dos lançamentos em 1978. Clara, Beth, Alcione, alguns comentarios sobre a irmã e um primo da Beth. O bom é o comparecimento de Monarco, Chico Santana e outros nas gravações e a valorização dos bons compositores.
Segue o artigo:
http://www.tabloidedigital.com.br/artigo/sambistas

Velha Guarda da Portela




Velha Guarda da Portela - emoção e persistencia
Hino da Velha Guarda
A Velha Guarda da Portela vem saudar
Com este samba para a mocidade brincar
Estamos aí, como vocês estão vendo
Estamos velhos, mas ainda não morremos.
Enquanto há vida há esperança
Diz o velho ditado, quem espera sempre alcança
Nosso teor não é humilhar a ninguém
Nós só queremos mostra o que a Velha Guarda tem

- Embalei no you tube e selecionei alguns videos deles:
V G e Paulinho da Viola:
http://www.youtube.com/watch?v=wX4OUf7hGK8

Depoimento de Monarco, peixada casa da Surica, de Paulo da Portela a Paulinho da Viola
http://www.youtube.com/watch?v=m426i6sTZYg

Historia da Portela - sambistas, Paulinho da Viola na Portela, pastoras e carnaval:
http://www.youtube.com/watch?v=R2E6UBgj1tU

A Chuva Cai - (Argemiro Patrocinio e Casquinha) canta Argemiro Patrocinio
- Manacea (tocando cavaco - lindo!) Quantas lagrimas
http://www.youtube.com/watch?v=8dopsD1FXeA

- no pagode do trem
http://www.youtube.com/watch?v=QbBkBfyQTj0

- filme "O misterio do samba" com Zeca Pagodinho, Seu Jair, Quantas lagrimas

Paulinho da Viola, Canhoto da Paraiba, Velha Guarda

Sambas de boa qualidade
Olhe o que acabei achando no You Tube - especial/show na Globo de junho de 1980 - "Paulo Cesar Batista de Faria" - bom som e imagem - coisa para chorar e matar saudades de verdade e ainda para quem nunca viu imagens de alguns antigos integrantes da Velha Guarda da Portela. Eu tive o privilegio de conhecer alguns sambistas de fato e trouxe para o Parana e Santa Catarina entre outros Casquinha, Seu Jair, Argemiro, Monarco, Cabelinho e Serginho Procopio - que nestes videos não aparece, pois nesta epoca, 1980, o cavaquinista era o Osmar do Cavaco, seu pai. Vamos às delicias:
- Paulinho da Viola, Manacea e Velha Guarda - Quantas lagrimas:
http://www.youtube.com/watch?v=tzEJX7vX_GQ

- Paulinho da Viola e Grupo Rosa de Ouro - Pode Guardar as panelas:
http://www.youtube.com/watch?v=zoZqHMzfsl8

- Canhoto da Paraiba:
http://www.youtube.com/watch?v=RLXz9QbJ5fc

Coisas do mundo minha nega:
http://www.youtube.com/watch?v=V60YWH8ZelA

Paulinho da Viola e Grupo Rosa de Ouro: Elton Medeiros, Nelson Sargento, Anescarzinho e Seu Jair do Cavquinho (tocando!!!) - Guardei minha viola
http://www.youtube.com/watch?v=3JbAE97Cwcs

domingo, 2 de agosto de 2009

Samba ... aniversariantes de julho


Olha ai um samba com parceria de dois dos aniversariantes do mes de julho.
Anescarzinho, dia 04. (veja coluna do Mauro Dias escrevendo sobre ele: http://academiadosamba.com.br/memoriasamba/artigos/artigo-075.htm)
e video tocando tamborim ao lado do Paulinho da Viola e Grupo Rosa de Ouro (ele, Elton, Nelson Sargento e Seu Jair do Cavaquinho): http://www.youtube.com/watch?v=zoZqHMzfsl8

Noel Rosa de Oliveira (foto), dia 15. (veja biografia: http://sambariocarnaval.com/noel.htm)
É um samba de terreiro, coisa que não existe mais em torno das quadras das escolas de samba. Este o Salgueiro cantou muito:
Água do Rio (Anescar Pereira Filho / Noel Rosa de Oliveira)
Tudo ficou,
Tudo ficou diferente
Depois que você me deixou
Dos nossos beijos ardentes
Hoje resta o amargo sabor.
Até a água do rio
Que a sua pele banhou
Também secou com a saudade
Que a sua ausência deixou.
A lua não tem mais brilho
O sol não tem mais calor
O pomar não dá mais fruto
O jardim não deu mais flor.
Daquela noite tão linda
Que nos inspirava o amor
Hoje só resta a saudade
Muito sofrimento e dor.
Baixe este samba no: http://pratoefaca.blogspot.com/2009/02/escola-de-samba-academicos-do-salgueiro.html

Outro samba deles, Chica da Silva - 1963, é considerado pelos entendidos como um dos sambas enredo mais bonitos de todos os tempos. Ouça na interpretação de Noel Rosa de Oliveira no site do Salgueiro:
http://www.salgueiro.com.br/S2008/CA.asp?1963
- outros sambas deles:
- Descobrimento do Brasil (estou errado) ??? - acho que é do Geraldo Babão) - vejo depois...
- Martires da independencia
Baixe este samba no:
- veja uma boa biografia do Anescarzinho:

sábado, 1 de agosto de 2009

Samba e Choro - aniversariantes Julho










Segue lista:
1 - Wilson Batista - Campos - RJ - 1915 - dia 03 - dos maiores compositores de toda a história do samba.
2 - Anescarzinho do Salgueiro - (Anescar Pereira Filho) - Rio de Janeiro - 1929 - dia 04 - veja discografia e biografia: http://www.baixadafacil.com.br/conexaocarioca/releases/anescar.htm
3 - Joao Bosco - Ponte Nova - MG - 1946 - dia 13.
4 - Paulo Moura (foto) - São Jose do Rio Preto - SP - dia 15 - maestro, saxofonista, clarinetista e compositor. Veja mais: http://www.paulomoura.com/
5 - Noel Rosa de Oliveira - Rio de Janeiro- RJ - 1920 - dia 15 - compositor do Salgueiro.
6 - Elizeth Cardoso - Rio de Janeiro - RJ - 1920 - dia 16 - A Divina
7 - Luis Carlos da Vila - (foto) (Luiz Carlos Baptista) Rio de Janeiro - RJ - 1949 - Dia 21 - um dos grande nomes do samba - compositor muito criativo. Veja biografia: http://www.samba-choro.com.br/artistas/luizcarlosdavila
8 - Elton Medeiros - (foto) - 1930 - dia 22 - outro grande nome do samba, parceiro de Cartola e Paulinho da Viola.
9 - Nelson Sargento (Nelson Mattos) - Rio de Janeiro - RJ - 1924 - dia 25.
10- Marcos Sacramento - Niteroi - RJ - 1960 - dia 27 - cantor com bons discos. Veja mais:
11 - Nilze Carvalho - (foto) - Rio de Janeiro - RJ - 1969 - dia 28
12 - Mirabeau Pinheiro - Alegre - ES - 1924 - dia 31 - autor com Milton Sales da obra Fala, Mangueira.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Bienal do samba



Materia dos fasciculos da Historia do Samba de 1998 - editora Globo - sobre a Bienal do Samba na decada de 70, clique no texto para certificar-se que Milton Nascimento era sambista e que Cartola foi vaiado com o "Tive sim" pela obtenção do 5.o lugar e Clementina interpretando um samba do Joao da Bahiana nem se classificou.
Veja todas as eliminatarias com os compositores e interpretes e outros detalhes e curiosidades do festival no:
http://www.luizamerico.com.br/fundamentais-bienaldosamba.php

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Carnaval, marchinhas e um pouco de história

Vejam lá que blog bom para matar as saudades das marchinhas (dá para ouvir)e saber um pouco da história do carnaval brasileiro:
http://br.geocities.com/locbelvedere/Cronologia39/cronologia1942.htm

veja um dos sucessos do carnaval carioca de 1942 citados:

Emília, samba de Wilson Batista e Haroldo Lobo, gravado na Columbia por Vassourinha:

Quero uma mulher
Que saiba lavar e cozinhar
E de manhã cedo
Me acorde na hora de trabalhar
Só existe uma e sem ela
Eu não vivo em paz
Emília, Emília, Emília
Eu não posso mais

Ninguém sabe igual a ela
Preparar o meu café
Não desfazendo das outras
Emília é mulher
Papai do céu é quem sabe
A falta que ela me faz
Emília, Emília, Emília
Eu não posso mais

Samba, popularidade, produtores e novas cantoras

Dei algumas risadas com a postagem abaixo. Tem citações e opiniões contundentes de Clara, Beth, Herminio, Casquinha, Wilson Moreira, Padeirinho, Candeia, Noca, Carlos Cachaça, rock, LP, mercado e produções de discos de samba.
Estava procurando uma foto do Ismael Silva na sua vinda a Curitiba em 1974 e acabei encontrando esta materia do Aramis. Acabei transportando para época atual e lembrando de algumas conversas sobre pseudo-interpretes de samba do Brasil inteiro. E as produções? Afi!!!!!! A manipulação mercadológica do que vamos ouvir sempre ocorreu nao sei desde quando - talvez iniciada nas vendas de partituras do tempo do Callado e Chiquinha. Vamos á materia:
Sambistas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de julho de 1976
Além de ser uma mulher bonita, comunicativa e hoje uma das artistas que mais fatura no Brasil, a mineira Clara Nunes veio provar que o sambão pode vender muito. Aliás, quem convenceu Clara de seguir este caminho foi seu ex-noivo, o paranaense Adelsom Alves. E com Clara vendendo mais de 400 mil cópias de cada elepe que grava, é natural que outras gravadoras busquem cantoras no mesmo estilo. A RCA Victor convenceu a excelente Beth Carvalho a deixar a Tapecar e agora a Continental lança uma nova sambista, na mesma linha de Clara: Renata Lu. Nascida e criada em Senador Vasconcelos, subúrbio carioca da Central do Brasil, Renata antes de chegar aos sambas da Mangueira e Portela, esteve perdida entre versões de rock, boleros e outros supérfluos.
Aos 22 anos, Renata já tem uma relativa experiência: começou no programa "A Grande Chance" da TV Tupi e chegou a fazer um LP que "agora quero esquecer". E, brasileiramente, se propõe a partir de agora, do lp "Sandália de Prata" (Continental, 1-01-404-131, junho/76). É um elepe válido que poderia ser ótimo: faltou ao produtor Jorge Coutinho, responsável pelas noitadas de samba do Teatro Opinião, maior experiência para fazer um disco forte, como por certo um produtor da sensibilidade de Herminio Belo de Carvalho ou mesmo Sergio Cabral conseguiria. Renata Lu, que em 72 venceu o II Encontro Nacional do Compositor do Samba, com "Quero Sim" (Darci da Mangueira/ Lecy Brandão) é uma cantora de voz agradável, embora por demais apegada ao estilo (de sucesso) de Clara Nunes. Isso, entretanto pode ser superado. E, felizmente, o repertório escolhido para este LP de estréia não poderia ser melhor. Temos sambas do grande Cartola ("Arremedo de um Nada", em parceria com Ismael Silva), Ismael Silva ("Meu Único Desejo"), Heitor dos Prazeres ("Mulher de Malandro"), Nelson Cavaquinho - Guilherme de Brito ("Erva Daninha"), Antonio Candeias Filho (Candeia) e Wilson Moreira ("Afirmação) e do grande Carlos Cachaça (Carlos Moreira de Castro - e não Carlos Aguiar Moreira, como está no encarte do disco) ("Vingança"). Mas outros excelentes compositores populares, embora menos populares também foram reunidos no elepe: Noca Osvaldo Alves Pereira) e Edinho (Edson Correa dos Santos) com "Onde A Cobra é Bicho Manso" o inédito maxixe "Zomba" de Alvarenga (fundador da Portela) e Chandico, "Oto Henrique Drep com "Vem Amor", Pandeirinho (Osvaldo Vitalino) em "Pense Bem" e, a faixa mais comercial (e inexpressiva) do lp, "Sandália de Prata" (David Corrêa - Bebeto Di São João).
Renata Lu é, por enquanto uma promessa. Uma vela promessa para o Samba. Esperamos que, na próxima vez, tenha sorte de encontrar um produtor mais cuidadoso e fazer então um excelente elepe. Como amostra, tudo bem.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Veiculo: Estado do Paraná
Caderno ou Suplemento: Nenhum
Coluna ou Seção: Música
Página: 31
Data: 11/07/1976

domingo, 21 de junho de 2009

O Samba nosso de cada dia

Samba, midia e outros trens - devaneios Anildo Guedes

Senhores:

Comecei tentando fazer um texto para a roda de samba de sabado, dia 27. Acabei surtando e quando vi o texto já estava grande para uma simples divulgação no blog do Cimples Ocio - produções (http://cimplesocio-producoes.blogspot.com/) e escrevendo um pouco mais do que devia, terminou creio, como mais um dos inumeros textos meio ufanicos em defesa do samba e um desabafo pessoal. Mudei um pouco o começo do texto para não ficar sem pé nem cabeça e marcar o inicio do Cimples Ócio.

Mas, segue o ocorrido/escrito ai embaixo:

Desde dezembro 1998 ... O Cimples realiza ... uma roda de samba ... ambos com os mesmos objetivos ... Aliás, dificies de serem atingidos em Curitiba.

... o combinado é divulgar o SAMBA. músicas pouca conhecidas, porém de melodia e harmonia apurada; trazer ao conhecimento público as principais vertentes do samba, suas matrizes e personagens marcantes e ao mesmo tempo distantes ou simplesmente largados pelas midias diversas desde os anos 20 e 30.

Desde aqueles anos e ainda hoje somos pressionados e obrigados a ouvir o que alguns poucos determinam como produto de consumo. Como qualquer outro entretenimento do segmento musica, o samba padece igualmente - uma grande parte dos produtos são manipulados com apostas na deglutição rápida, melodicamente paupepérrimos e harmonicamente sem nenhum tempero. Sambistas, ou melhor, poetas ou cronistas do cotidiano às vezes sofrido, outros de alegria incontida, muito bem contados, são relegados e esquecidos. Historias com conteudo e exemplares são esquecidas, perdidas.
E mesmo com a internet e a difusão e facilidade para baixar bons discos, novos e antigos, estamos longe de conhecer o que foi feito pelos sambistas de verdade. Até porque um percentual enorme ainda não tem computador e não consegue baixar um Chico Santana, Alvaiade, Padeirinho ou Xango da Mangueira.
Pelo contato que tive com alguns sambistas de estirpe a minha opinião é de que o que foi para o radio e disco, alguns roubados, outros comprados, outros, nos dias de hoje barrados ou meramente guardados a mostra midiatica é irrisória e insonsa se pensarmos no samba como manifestação popular, como mostra da realidade social autentica e cultura marcante e prodigiosa. Ganharam os articulados mercadores de ontem e de hoje. Perdemos nós - povo de pouca pratica, negligentes e desaglutinados. Ate porque o samba como simbolo nacional foi imposto por alguns poucos no começo do século - a tal da elite intelectualizada - por necessidade do momento politico e cultural do Brasil. Estamos no jardim de infancia ainda, mas chegamos lá.
Anildo Guedes

Curitiba - Pr, 21/06/2009 - domingo 9 da noite

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Candeia - vida e obra


















































Dei uma juntada na pesquisa de alguns sitios sobre o Candeia. Tem disco discografia, feitos, amigos, etc. Destaque para o trabalho do Chico Aguiar, publicado na agenda samba-choro pelo Paulo Neves:
As fotos dos discos são da agenda samba-choro.
Os creditos estão no final dos textos.